EU JÁ VOTEI!...
EU JÁ VOTEI
*
eu também chutei bem alto
a quadrilha de ladrões
fi-lo por mim que estou farto
fi-lo por ti sem tostões
jrg
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EU JÁ VOTEI
*
eu também chutei bem alto
a quadrilha de ladrões
fi-lo por mim que estou farto
fi-lo por ti sem tostões
jrg
imagem pública tirada da net
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A POESIA RESPONDE:
PRESENTE !!!
***
a poesia
veste-se nas cores de sépia
transpira
troca a mera fantasia
que arrepia
dança a valsa quando toca o vira
*
a poesia
veste-se de adúltera
passa a perna
utiliza subtilmente a cortesia
rebola e espera
pela amizade fraterna
*
a poesia
veste-se de esperança
grita liberdade
exalta a visão da miopia
na mão duma criança
que pede um pão à caridade
*
a poesia
veste-se na forma de combate
arma-se d'espinhos
explode na investida faz razia
carrega amor toca a rebate
recua avança esconde os ninhos
*
a poesia
veste-se de fome e amargura
atira palavras recheadas
agasalhos coragem licor de malvasia
arrasa a razão pura
salva crianças das enchurradas
*
a poesia
veste-se de pele tão feminina
apara o futuro esperançada
contra-ataca a medíocre epidemia
resiste à estricnina
espalha humanidade afiançada
*
a poesia
veste-se da luz do amor
regressa esbaforida
ganhou a guerra salvou a primazia
do homem livre sem temor
ninguém mais se atreverá a matá-la em vida
jrg
A FÁBULA DA VINGANÇA URDIDA...
**
Nesta fábula de contornos mediáticos, o Coelho veste a pele do Lobo e aceita fazer parceria, abrindo as Portas à entrada da Raposa, não sem antes, com a ajuda da Hiena Louca e do Jagudi Marxista (de marchar...) terem banido do trono, usando a trama do ataque consertado, a golpes de dentuça afiada, o Leão já ferido de morte, por tantas investidas dos carnívoros, sedentos de lhe tirarem o poder, para reinarem sobre os outros animais...
Á volta da arena, clareira profusamente iluminada, por tudo o que eram estrelas cadentes, havia búfalos, esquilos, répteis, besouros, elefantes falhos de memória, zebras, girafas, camaleões, que emitiam sons entre cruzados, confusos, de agravo uns, de desagravo outros..."mata.. ...Fora...morra...as araras tinham tocado a rebate...
_O Leão chegou ao fim...é, foi, incapaz de proteger a vida na floresta...
e chegavam-lhe o dente ao pelo...e berravam desabridos...ninguém sabia o quê..o porquê..apenas que falhara...falhara!...e era preciso bani-lo com a vontade expressa de uma maioria absoluta...
O Leão, ciente que governara com sabedoria, traído pela calamidade Universal que desabara intempestiva na Selva há muito acomodada, traído pela intriga dos grupos que o pressionavam a abdicar, dava voltas sobre si próprio, enfrentando um a um os cabecilhas, urrando com denodo e coragem
Assediado por todos os lados do habitat, sentindo a dor no alarido, de uivos , latidos, ferroadas...o ardor do sangue, dentro e fora que o empolgava, o Leão rugia, do alto do seu conhecimento...que só com ele a selva teria paz..harmonia...
As coisas estavam feias para o seu lado, mas sem quebra de ânimo, insistia na defesa dos valores ancestrais...já os outros cantavam vitória, ante os animais da selva amedrontados...a todo o momento saltariam sobre o leão e consumariam o veredicto urdido...
O lobo, de cuja pele esfarrapada sobressaíam as orelhas de Coelho, dá um passo à frente...a Raposa, entre patas entalada, olha, astuta... a Hiena Louca, ri...o Jagudi marxista, ergue a careca desbotada...o Leão está prestes a vender cara a despedida...brame...abana a juba ensanguentada...
Há uma pausa de silêncio...quando o momento decisivo se aproxima...e de entre a expectativa ouve-se um rumor de extrema agressividade...os ramos das árvores abanam numa chiadeira impressionante...o som estridente da macacada ecoa nos ouvidos dos presentes...águias portentosas picam nos farsantes...gorilas, chimpanzés e macacos comuns, há tanto tempo indecisos, tomaram partido pelo Leão injustiçado...exibem ramos e roncos agressivos que põem em debandada o bando de feras arruaceiras...autor: jrg
já não se vêm mais os navios
na linha abaulada e recta do horizonte
a surgirem pequeninos frios
ali mesmo tão perto quase defronte
às vezes as ondas os cobriam
do meu olhar infante mas persistente
e logo os meus olhos sorriam
quando os lobrigavam mais à frente
havia o fumo escuro espesso
tocado a vento da alva e negra chaminé
alimentava meu sonho no começo
de correr esse outro mundo ali ao pé
de onde vista sobre água tanta gente
confinado a meu lugar interrogava
a alma em ânsias mistérios de quem sente
que outro mundo o mar inda desbrava
perdido o fascínio pelo desconhecido
na era fantástica do conhecimento
olho o mar vazio dentro de mim crescido
que me desinquieta o pensamento
jrg
cansei...tu o disseste
de viver te ti tigo
de amar onde cresceste
dentro de mim amigo
às vezes o cansaço vence
mas amar não é demais
nem quando a alma pertence
a sentimentos mortais
meu beijo teu respirar
te a ti ser sermos
por quanto amar demais
é cansaço vivermos
nos teus olhos eu me penso
dentro de em ti amante
amar-te demais vão imenso
entre o viver distante
quantas vezes adejando
sob a luz do luar
palavras corpos se amando
te me cansaste de amar
digo-te que amar é momento
sendo demais obsessão
viver cansado é tormento
de ser-te em contramão
quero-te ainda mais assim
instável incandescente
fogo que lavra dentro de mim
demais não sou inocente
autor:jrg
foto tirada da net
ninguém podia sequer nem imaginar
que num crescente sentimento
feito brilho dos teus olhos no rutilar
seduziam amor em movimento
***
beija-me disseste docemente
parei,a medo colei teu corpo ao meu
os lábios na procura de quem sente
estar a meio de amar o que é seu
***
encostados sob a roupa os sexos palpitantes
impulsos do corpo a ganhar posição
os seios os lábios as línguas fogosos amantes
embrulhados no amor d'alma e coração
***
os corpos em chamas no túnel tremiam
as bocas ávidas de sucos virginais
teu beijo meu beijo nas sombras gemiam
lancinantes apelos d'ânsias carnais
***
encostei-te à parede quis ter um refúgio
que a luz se apagasse
se fizesse silêncio porque o mundo ruiu
e toda a gente fugisse
***
era dia num túnel de gente diferente
que olhavam na esperança da nossa alegria
o beijo sabia a sexo em volta ardente
e tinha o cheiro tempestuoso da maresia
***
autor: JRG
que dizer das formiguinhas
fazem desfazem carreiros
constroem palácios rainhas
labirintos formigueiros
escoam lautas inundações
evitam as pisadelas
aturam ventos nevões
nada é tormento para elas
trabalham o dia inteiro
talvez durmam se descansam
haja entre nós o primeiro
que como as formigas mereçam
que paz procuram se erróneos
feita de eterna guerra
entre os genes e os neurónios
os humanos desta terra
há quem não suporte e destrua
as formigas com destreza
exibem sem pudor a nudez crua
como tratam a natureza
ver as formigas sem medo
sem pressa de a tempo chegar
quem delas souber o segredo
não mais deixará de amar
autor: jrg
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