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SamuelDabó

exercícios de escrita de dentro da alma...conhecer a alma...

SamuelDabó

exercícios de escrita de dentro da alma...conhecer a alma...

29
Jan13

QUERO EU LÁ SABER...

samueldabo
foto tirada da net
*
QUERO EU LÁ SABER...
***
desde há décadas
praticamos a indiferença
convictos d'autosuficiência
sedentários sendo nómadas
perdido sem a confiança
da ego consciência
*
se um vizinho padece de solidão
se a injustiça bate à porta dum bom amigo
se a morte desampara a criança
se alguém passa por nós e nos pede um pão
se me arrepio de frio sem abrigo
se me catam cada tempo na luz d'esperança
*
marginalizados
reformados pensionistas
e outros estratos
selectivamente amordaçados
somos egoístas
perdidos da razão cordatos
*
somos amorfos colectivamente
pueris povo astuto mas sem personalidade
apanhados nus e em flagrante
não será boa gente aquela que se não sente
no ar purificado da liberdade
no amor livre a paixão ardente do amante
*
quero eu lá saber
de um povo que se amedronte
do sul até ao norte
por um punhado de ladrões lhe bater
se gostam eu fico a monte
sou infiel ao medo até à minha morte
*
impotente para travar o roubo
irei à terra  e ao fundo do mar serei pastor
olhos nos olhos com a tirania
a vida é minha não cedi nem cedo o probo
da minha integridade e do amor
porque quero viver o meu fim com alegria
*
incitarei crianças
a se rebelarem contra o tirano
fundamentalistas
de cabelo rapado ou de tranças
fiéis ao amor humano
que deflagrará em actos terroristas
*
resisto à imobilidade dum povo
que arrasta o estigma da sua sofreguidão
a raça é a mesma não me iludo
bárbaros entre si e outros  o que reprovo
queria-os salvadores da nação
que lutassem de alma aberta e contudo
*
vejo a tirania a rir
sobre o sufoco dos mais puros
palavras bonitas a adejar
levo-as é o tempo certo de partir
saltarei os muros
com a coragem vencida de voltar
jrg
24
Set12

MEU POVO ENXOVALHADO !!!

samueldabo
imagem pública tirada da net
**
MEU POVO ENXOVALHADO !!!
***
quem dera
que aquele rouxinol
ali daquela gaiola
cantasse enquanto espera
que surja de novo o sol
abra as pétalas a papoila
.
quem dera
que ao piar a coruja
na noite escura
se assustasse a severa
cobra que a intruja
rastejando a terra dura
.
quem dera
prendessem aquele ladrão
ali em sua poltrona
pelo crime que então fizera
de roubar o pobretão
nem mais pão nem azeitona
.
quem dera
o melro alegre cantasse
no restolho a joeirar
lá onde o homem pondera
em sua alma a catarse
dum mundo novo a pairar
.
quem dera
daquelas raízes brotassem
plantas flores belas
onde o ladrão as perdera
e dos frutos que medrassem
saíssem alvas estrelas
.
quem dera
que o crime do criminoso
fosse a bom julgamento
com justiça pois pudera
ser do povo o mais vexoso
fruto caído do vento
.
quem dera
aquela pomba arrulhando
num ombro de mulher
de tão branca que eu quisera
na paz dela mergulhando
ver a esperança amanhecer
.
quem dera
ter nascido entre primeiros
que meu grito aturdisse
entre bichos e plantas nova era
de quem somos pioneiros
do ventre feminino já o disse
.
quem dera
o pesadelo desta vigarice
que rouba a alma de meu povo
em sonho meu houvera
de resgatar o seu valor e visse
o fim deste viciado jogo
.
quem dera
aquela andorinha adejasse
sôfrega de carinho e amor
sobre o novo tempo ou Primavera
onde um sorriso encantasse
nos olhos duma criança o fulgor
autor: jrg

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