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LANÇAMENTO DO LIVRO: O DESASSOSSEGO DA MEMÓRIA - ALTERAÇÃO DO LOCAL -
O EVENTO REALIZA-SE NO HOTEL FONTE CRUZ
Avª da Liberdade, 138-142 - Lisboa
espero por vós para partilharmos sorrisos
saudações do jrg/SamuelDabó
Sinopse da obra
O livro, “O Desassossego da Memória”, procura ir
ao encontro da memória do homem enquanto espécie
natural não massificada pelas religiões e pelo fatalismo
da liderança dos poderes compulsivamente emergentes:
militares, económicos e financeiros, em busca do homem
real, consubstanciado na sua animalidade e na alma
feminina.
É um livro contra os preconceitos e que considera
a sexualidade como um motor de libertação do
inconsciente profundo… uma sexualidade atenta aos
instintos perversos sem desrespeitar a animalidade de
que somos possuídos… mas contendo-a nos limites da
consciência em que cada um se movimenta…
É a mulher que comanda as emoções.
Porque a memória é o factor principal do desassossego
de viver aqui se procura evidenciar o papel da
mulher em todo o desenvolvimento humano e o obscu-
rantismo a que foi votado o seu pensamento ao longo de
milénios.
A história do romance vive-se num ambiente de
demência política e cultural com a transformação do
mundo em decadência e à procura dos alicerces para um
novo Humanismo.
O autor convida-vos ao salutar exercício de pensar,
simplificando o raciocínio em toda a sua amplitude…
SAMUELDABÓ/jrg
*
27 DE DEZEMBRO DE 1945
*
vivo esta minha loucura
entre a crença do destino
e o desespero de nada fazer sentido
se regurgito mulher auguro
um desafio à mente em claro desatino
com o másculo rigor apodrecido
*
um raio de luz sol de luar
que matiza de energia
o segredo aferrolhado de ter nascido
de onde vim senão do mar
ou das profundezas da terra em agonia
serei semente ou átomo perdido
*
e se eu fosse uma semente germinada
por fusão a frio desconhecida
experiência galáctica sem fins lucrativos
exorto a minha mente tresloucada
a ver se encontro na memória escondida
os registos ou contornos escondidos
*
mas só encontro restos fragmentados
de pensamentos sortidos
o que me salva é a mulher cata-vento
que me concerta os bocados
e me indica rumos novos convertidos
é ela tão formosa o meu sustento
*
se ao menos eu visse a luz dum sinal
que a humanidade avança
libertada das hienas e dos chacais
acatando cada outro como igual
teria valido a pena nascer sendo criança
cativa de direitos tão desiguais
jrg/SamuelDabó
imagem pública da net
*
A SILHUETA
**
Quanta verdade o teu olhar encerra
olhos castanhos doce mel
porta da alma que alimenta a terra
pétala colorida veludo pele
*
olhos românticos de apaixonados
a ingenuidade da virtude
quantos os enganos desenganados
magoam a tua juventude
*
olhos luminosos de sol nascente
inquiridores sob o ocaso
de tanto assim amor a alma sente
menina flor eterno a prazo
*
perscruto na tua infinitude o bem
o gene que o sorriso exibe
de dentro do olhar o avô ou mãe
beleza que o luar exprime
*
olhos cor do fogo que apazigua
grandes submersos poesia
não ouso entrar onde a alma actua
e o sonho avulta a fantasia
*
lambo no teu sorriso a luz de magia
aspiro a brisa que expiras
e fico a adejar sobre o sabor que guia
o desejo de ti que me atiras
*
porque te escondes onde eu te vejo
colorida de chamas a arder
atira-me a alma eu quero o teu beijo
mulher que sonho para me valer
*
jrg
dei coices espinoteei
fiz queixa mas fui alvo do riso da chacota
trabalhei muito ganhei demais
o erro foi de quem me pagou fora da lei
se pobre não ganhava pr’á palhota
como fora eu capaz de ganhos tantos de tais
*
fui ver e era tão pouco
mal chegava tiradas as taxas e penhoras
mais os aumentos abrangentes
para ser por um só mês o tipo louco
de pagar rendas a horas
e comer todos os dias refeições quentes
*
decidi não saudar o ano novo
tanto se me dá que seja bom ou seja mau
tão pior que ser um pobre rico
é a pilhagem que o poder faz ao povo
que em cada mão renasça o pau
que há-de correr sem medo o mafarrico
*
autor: joão raimundo gonçalves
(poema inserido no livro: A insurreição das PALAVRAS)
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