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A POESIA RESPONDE:
PRESENTE !!!
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a poesia
veste-se nas cores de sépia
transpira
troca a mera fantasia
que arrepia
dança a valsa quando toca o vira
*
a poesia
veste-se de adúltera
passa a perna
utiliza subtilmente a cortesia
rebola e espera
pela amizade fraterna
*
a poesia
veste-se de esperança
grita liberdade
exalta a visão da miopia
na mão duma criança
que pede um pão à caridade
*
a poesia
veste-se na forma de combate
arma-se d'espinhos
explode na investida faz razia
carrega amor toca a rebate
recua avança esconde os ninhos
*
a poesia
veste-se de fome e amargura
atira palavras recheadas
agasalhos coragem licor de malvasia
arrasa a razão pura
salva crianças das enchurradas
*
a poesia
veste-se de pele tão feminina
apara o futuro esperançada
contra-ataca a medíocre epidemia
resiste à estricnina
espalha humanidade afiançada
*
a poesia
veste-se da luz do amor
regressa esbaforida
ganhou a guerra salvou a primazia
do homem livre sem temor
ninguém mais se atreverá a matá-la em vida
jrg
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O ACTO DA CRIAÇÃO LITERÁRIA E O SILÊNCIO
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podias ser
a minha fonte d'inspiração
e não este meu grito
a desfazer o som opaco do silêncio
que me estilhaça o pensamento
como pode alguém ser da arte criador
se interrompido quando pensa
para acudir aos teus afagos e desejos?
*
há quem pense
por entre os murmúrios do café
ou na roda viva duma orgia
mas não é a mesma coisa meu amor
rasgar o silêncio do alarido
de pensamento livre e acintoso
ou ouvir o teu gemido
a martelar a cadeia de pensar
*
não se trata aqui to digo
de mãos dadas caminhando ao luar
de que te cales ou vás
porque o teu grito nem a morte cala
só eu de mim posso calar
em cada hiato de tempo que houver
mas não me digas nada
quando o meu silêncio te silenciar
*
o dilema é não saber
quando o pensamento irrompe a adejar
sobre a ideia a amanhecer
a alma fica em êxtase não dá para mudar
acredita que te amo podes crer
porque o amor é o grito maior a ecoar
na mudez da mente a fornecer
os dados à ideia pronta a zarpar
*
e és mesmo sem querer
a musa o mito que me desencaminha
desde as profundezas do mar
a revolução do pensamento permanente
que faz o silêncio em mim gritar
ao som do teu dizer estou aqui e sou alguém
a que o silêncio não pode calar
por mais que a criação teime em ser momento
*
autor: jrg
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ABISMOS DA POESIA
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poetas são loucos finos
inventam a fantasia
guerreiros inda meninos
abismos da poesia
poetisa de alma sensível
em verso cheio de luz
qual militar sendo cível
lança poemas seduz
cantam de musas amores
sonham imortalidade
poetisas sábios rumores
no ventre da verdade
trago um cálice de vinho
para a orgia da ceia
não quero rimar sozinho
antes preso a tua teia
poetas são anjos desgraça
travam rixas graciosas
não escolhem arma ou praça
calam musas preciosas
que fazer perante a poesia
se a alma sente e gera
palavras agridoce maresia
amores do corpo à espera
quem na humildade se esmera
e numa poetisa se arrima
tem alma poética e pondera
sublima-la em obra prima
Autor: J.R.G.
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