QUANTOS SOMOS NA VERDADE?
Quantos somos, em nós e nos reconhecemos como um só quando enfrentamos as acções que nos vêm de fora e lhes respondemos com lascas do que somos ou inventamos ser ?
Todos os dias acordamos com a sensação de não sermos um monte de ossos provido de carne, com lianas de nervos e veias, rios de sangue e milhões de bactérias, umas nocivas e outras boas, que se encontram num limiar de si a digladiar-se entre si e fora de si, que nos consomem e renovam energia, num esforço quase inútil de nos fazerem aceitar a evidência mesquinha que somos tão frágeis e desprotegidos.
E a isto respondemos que temos a alma, que é um amalgama de vontade e de saber e que quanto maior o saber, maior a alma. Ou quanto maior a alma maior o saber.
A alma é então o cérebro que tudo comanda, de cima de nós e por dentro da pele e cartilagem óssea que se fecha e esconde esse centro de comando, aparentemente igual em cada corpo, mas de diferentes decisões e interpretação de conceitos, porque só aparentemente é igual na sua configuração externa.
Na sua essência, a matéria difere de ser para ser, por contaminação de outras almas ingénitas que subsistem e se transvasam de geração em geração.
Não basta dizer que sim- É preciso sentir.
Quantos somos em nós, afinal?