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SamuelDabó

exercícios de escrita de dentro da alma...conhecer a alma...

SamuelDabó

exercícios de escrita de dentro da alma...conhecer a alma...

30
Out08

NASCEU O PEDRO - UM MENINO

samueldabo

ser mãe, ser pai, ser avô

 

ser menino a novidade

 

ás oito e dezessete berrou

 

ao entrar na gravidade

 

e de olhos bem abertos ilustrou

 

que não vinha por vontade

 

de quem nunca a vida amou

 

mas com toda a humildade

 

de quem agora começou

 

representa a humanidade

 

e tudo o que o lançou

 

e quer chegar à idade

 

da razão que o chamou

06
Set08

SER TIO AVÕ E SER AVÔ - TRÊS MOMENTOS DE MIM

samueldabo

A terceira geração de mim, começou com o Tiago, há 29 meses, e foi uma emoção, a festa  comemorativa do evento reuniu a segunda e a primeira gerações, num ambiente em que se esqueceram quezílias antigas e se progonosticaram bons ventos ao bebé que nos olhava de olhos semi  fechados, como se adivinhasse que os vultos à volta o saudavam na alegria  da criação. O Tiago desenvolveu-se em harmonia do corpo com a alma e é hoje um bonito menino, falador, traquina e na senda do saber sustentado. Ao Tiago de quem sou Tio-Avô, a minha saudação muito especial para que a vida lhe sorria e ele seja um homem do futuro.

Ao meu sobrinho Rodolfo, pai do Tiago, a quem a vida pregou rasteiras de rondar a tragédia,  a minha saudação amiga e fraterna e o desejo que consiga inverter a vontade do corpo e do submundo da mente, para benefício da alma. E estendo os meus desejos de felicidade à Carla, a mãe que tudo gera e à volta de quem tudo gira

Dois meses depois nasceu a Leonor. Não sendo uma bebé modelo, era a minha bebé, a primeira menina de mim. Esperada há anos e sempre adiada por problemas do pai e ou da mãe, ou de não ser o tempo, o seu tempo. Nasceu em berço de ouro e foi uma explosão de carinhos e dedicação absoluta para que crescesse feliz e saudável.

Foi com uma enorme felicidade que acompanhei o seu crescimento. Que lhe soletrei as primeiras letras e a via , atenta, olhando os meus lábios e calando.matreira , a interiorizar o conhecimento. Gatinhando pela casa em movimentos de aprendizagem.

Os passeios pelas ruas da cidade, o parque infantil, os primeiros passos, as primeiras palavras, tantas  vezes soletradas por mim e agora da boca dela, confiante, com clareza e prontidão. Cresceu, e tornou-se numa menina muito bonita. É de uma beleza que me dói. E desenvolve o raciocínio de uma forma precoce que chega a assustar. Esmerei-me demais, penso ás vezes, mas não fui só eu. É um encanto de menina e talvez por ser uma menina, eu fale dela com uma outra emoção. Porque me fascina o ser mulher. Amo-a, como só eu sei amar.

À  Leonor. de quem sou avó pelo lado paterno, o meu desejo que cresça em harmonia do corpo com a alma, que seja amante do belo no seu pleno absoluto e que seja uma mulher do futuro. Cantá-la-ei até ao infinito.

Ao meu filho, pai da Leonor, desejo que faça da justiça uma balança equilibrada e que persista na senda da alma para que a felicidade de momentos seja uma constante na sua vida. Para a Ana Cristina, mãe da Leonor, a alegria de ser mãe, os sacrifícios sobre o seu corpo, para ser mãe. Uma saudação muito especial. Foi, é, uma mulher maior, de grande coragem e amor.

Voltei de novo a ser bafejado pela maravilhosa história da criação no passado dia 4 deste mês. Nasceu o Isaac, um menino de uma beleza expectante, por não ser muito natural que logo no primeiro dia, quando o corpo se faz ainda à realidade do exterior agreste, que os traços do belo se manifestem e se evidenciem, como no Isaac. Longa vida ao Isaac. De quem sou tio avô.  Que tudo lhe abra o sorriso da confiança na sua alma. Que seja um homem do futuro.

A minha sobrinha Raquel é uma das mais belas mulheres que conheço, sedutora, alegre, frontal, decidida, inteligente e linda, linda, linda. Sou o tio velho dela, mas fui sempre, desde menina.. Amo-a como só eu sei amar e desejo-lhe força no corpo e ventura na alma para levar por diante a dura tarefa que a espera. Ser mãe do Isaac até ao fim.  Saúdo o pai do Isaac, o Paulo Chora, pela determinação que impulsionou à sua vida e pela dedicação à mulher que é a minha sobrinha dilecta.

Espero, muito em breve, Outubro ou Novembro, poder saudar com a alegria a vinda de um outro neto, o Pedro. Mas até lá, que os meus olhos se alegrem com estas crianças lindas que me aconteceram e que fazem de mim um ser feliz.

 

27
Mai08

A NETA

samueldabo

É linda. Direi que é bela no seu conjunto absoluto de genes. Porque além de linda tem um sorriso genuíno e expressivo do que é na sua essência de si. E a voz soa musicada de dentro em silabas concretas e afirmativas do seu querer.

Ter visto a eco onde aparece disforme, quase monstro, e adivinhar, sentir, a transcendência do que virá, porque a sentimos no bater apressado do coração. E senti mo-nos nós lá, na totalidade de nós porque já não temos outra utilidade.

Estamos no limite de ela ser, porque somos a última referência tendo sido a primeira, dela no pleno da vida que lhe surge em emoções de alegria.

Ainda não há a dor. É apenas um ser indefeso de per si, que se sabe e sente defensável. É um ser a apreender tudo que ouve sente, vê e mexe. E vê-la revolver o que interioriza, reflectir já em si as impressões que lhe chegam que absorve com ligeireza, a interrogar-se quando interroga, e a transmitir de si a imagem da inteligência evolutiva.

Primeiro as letras, uma a uma, os números a que foi juntando afirmações. O dó, ré, mi em  entoação musical que te arrancava sorrisos, o tá tá  té té ti ti...O b  a   ba e por diante até ao hoje que contróis as palavras já em pré-conceitos do ser que cresce no teu corpo mimado de menina..

Lembro o esbracejar dos braços como se quisesses voar e as mãos batendo no tampo da mesa a chamar a atenção para a evidência de ti. As tentativas de gatinhar, mas movendo na direcção da retaguarda, as mãos a empurrar o corpo e não os joelhos e os teus gestos pela frustração de  não seguires o rumo que te indicávamos, ou seria porque era a ti que competia traçar o rumo e não a nós tão sábios a aprender-te de nós.

E naquele dia em que nos reencontrámos, na praia, e ensaiaste os primeiros passos e nós pensámos que o fizeras pela emoção da nossa visita e batemos palmas, todos e tu, exultante da alegria de seres capaz.

Minha querida menina, meu amor, meu milésimo de gene, de mim. O afã de te preparar para o mundo que vais ter que enfrentar. Tornar-te poderosa na tua essência para que o corpo, o invólucro que te acoberta a alma não te traia nas emoções do caminho

Agora já andas, corres e fazes tropelias. Mas tens a dimensão da humanidade que vais ser e preocupas-te comigo, com o que eu não sei de ti.

Queres mandar nas brincadeiras  e experimentar de tudo o que vês aos grandes. Tens pressa de ser grande, como eu tive e não sabia como sei que ser grande não é ser maior

se não se souber o que se é.

Meu amor de menina, quero que saibas que és a segunda mulher da minha vida, e ainda és só uma menina.

Espero por ti. Sempre

 

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