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SamuelDabó

exercícios de escrita de dentro da alma...conhecer a alma...

SamuelDabó

exercícios de escrita de dentro da alma...conhecer a alma...

03
Jun11

ELEIÇÕES de 05 DE JUNHO 2011...EM PORTUGAL!...A FÁBULA!...

samueldabo

A FÁBULA DA VINGANÇA URDIDA...

**
Nesta fábula de contornos mediáticos, o Coelho veste a pele do Lobo e aceita fazer parceria, abrindo as Portas à entrada da Raposa, não sem antes, com a ajuda da Hiena Louca e do Jagudi Marxista (de marchar...)  terem banido do trono, usando a trama do ataque consertado, a golpes de dentuça afiada, o Leão já ferido de morte, por tantas investidas dos carnívoros, sedentos de lhe tirarem o poder, para reinarem sobre os outros animais...
Á volta da arena, clareira profusamente iluminada, por tudo o que eram estrelas cadentes, havia búfalos, esquilos, répteis, besouros, elefantes falhos de memória, zebras, girafas, camaleões, que emitiam sons entre cruzados, confusos, de agravo uns, de desagravo outros..."mata.. ...Fora...morra...as araras tinham tocado a rebate...
_O Leão chegou ao fim...é, foi, incapaz de proteger a vida na floresta...
e chegavam-lhe o dente ao pelo...e berravam desabridos...ninguém sabia o quê..o porquê..apenas que falhara...falhara!...e era preciso bani-lo com a vontade expressa de uma maioria absoluta...
O Leão, ciente que governara com sabedoria, traído pela calamidade Universal que desabara intempestiva na Selva há muito acomodada, traído pela intriga dos grupos que o pressionavam a abdicar, dava voltas sobre si próprio, enfrentando um a um os cabecilhas, urrando com denodo e coragem
Assediado por todos os lados do habitat, sentindo a dor  no alarido, de uivos , latidos, ferroadas...o ardor do sangue, dentro e fora que o empolgava, o Leão rugia, do alto do seu conhecimento...que só com ele a selva teria paz..harmonia...
As coisas estavam feias para o seu lado, mas sem quebra de ânimo, insistia na defesa dos valores ancestrais...já os outros cantavam vitória, ante os animais da selva amedrontados...a todo o momento saltariam sobre o leão e consumariam o veredicto urdido...
O lobo, de cuja pele esfarrapada sobressaíam as orelhas de Coelho, dá um passo à frente...a Raposa, entre patas entalada, olha, astuta... a Hiena Louca, ri...o Jagudi marxista, ergue a careca desbotada...o Leão está prestes a vender cara a despedida...brame...abana a juba ensanguentada...
Há uma pausa de silêncio...quando o momento decisivo se aproxima...e de entre a expectativa ouve-se um rumor de extrema agressividade...os ramos das árvores abanam numa chiadeira impressionante...o som estridente da macacada ecoa nos ouvidos dos presentes...águias portentosas picam nos farsantes...gorilas, chimpanzés e macacos comuns, há tanto tempo indecisos, tomaram partido pelo Leão injustiçado...exibem ramos e roncos agressivos que põem em debandada o bando de feras arruaceiras...
autor: jrg

14
Jul08

O DELFIM NÃO ERA UM ASSASSINO!...

samueldabo

O Delfim era um jovem. como todos os que compunham a Companhia, arrancado compulsivamente à terra, à família, aos amores. Um jovem alegre, mas intranquilo, emocionalmente frágil, questionante do porquê ele, ali, algures África.

Cumpria o seu dever ao integrar as tropas regulares de um país, o seu país. Integrava as colunas, sofria emboscadas  e estava sujeito ás armadilhas, ás minas traiçoeiras que já vira rebentar, pisadas por jovens como ele e sem que houvesse em quem atirar, fazer a desforra. Nada. minas solitárias, intransigentes com uma pequena distracção, com a insuficiência de material de detecção. A importância da desforra. A vingança...

O delfim bebia para afogar o desespero de estar ali, algures África sem ver a família, sem poder ajudar a família, sem poder estar com a namorada, os amigos.

O ar era quente e húmido. As mulheres andavam de peito descoberto. De resto eram só jovens como ele, sem grandes diálogos, que jogavam as cartas, a lerpa,  nos momentos de ócio e bebiam na cantina cerveja que matasse a sede  e a saudade, que afugentasse a morte. A morte, morrer dum tiro vindo do silêncio da mata verde e bela.

Manuel António observava aquela personalidade caótica, dia após dia. Delfim viera falar-lhe do efeito das granadas ofensivas, granadas de mão. Cada um tinha umas quantas à sua guarda. Levavam-nas e traziam-nas. Calculavam que rebentariam se as tivessem de usar. Não traziam prazo de garantia. Estavam ali, a um canto dos armários, verdes , elas, as granadas, com uns relevos a toda a volta para evitar que resvalassem das mãos que as atirariam, um dia.

-Sabes, Manuel António, ainda um dia gostava de ver o efeito disto a rebentar.

A granada na mão. A cavilha de segurança, um pedaço de arame revirado na ponta, a argola de onde um dedo a puxaria, com determinação.

Manuel António olhou para delfim. Procurou os olhos e só viu uma espécie de baba que lhe saía dos cantos dos lábios. Lábios finos, cortantes. Abominava granadas, balas, tudo o que cheirasse a pólvora..

- Cuidado com isso, pá. Que fazes com a granada? Vão sair?

-Não, mas que gostava de ver isto rebentar, gostava. Para que temos isto?

Cambaleava de um lado para o outro. Olhou-o, agora sim, nos olhos pequeninos se mi cerrados, um brilho estranho, metálico a sobressair da pele escurecida pelo Sol .

-É melhor nunca saberes o efeito dessa merda. Vai guardar. Não podes andar aí com uma granada ofensiva. Cais e matas-.te e matas alguém.

Delfim recuou uns passos, temendo que o outro lhe tirasse a granada. Fez um esgar, um riso indecifrável se de alegria se de louco ou cobardia. Manuel  António insistiu, tentando segurá-lo ali até que viesse alguém. Um outro. E disse.

-És de Vila Verde?. Fala-me da tua vida lá, Família, namorada. Que fazias.

Os olhos de Delfim encheram-se de lágrimas e a voz soou rouca, trémula, desequilibrada.

-Sou. Porra, não me fales da família. Eu era uma parte que fazia falta. A namorada já me pôs os cornos. Que sa foda. Vai cu caralho. Ninguém me escreve. Ás tantas já não tenho ninguém.

Numa das mãos a garrafa de cerveja quase vazia, na outra a granada. E nada. Pessoa alguma  aparecia naquele fim de tarde, quase noite. O motor da geradora roncava a sua toada constante e monótona. O grito agonizante dos macacos que se recolhiam.

-Tem calma, disse Manuel António, os olhos húmidos, moreno quase negro, olhos castanhos de um escuro quase negro, vais arranjar outra quando chegares. Aguenta. São mais uns meses, poucos.

Delfim chorava convulsivamente. bebeu o resto da cerveja dum trago, sem uma palavra e desandou para a cantina dos soldados.

Manuel António ficou a vê-lo, cambaleando em vai e vens e troca de passos, viu que entrou primeiro na caserna e voltou a sair. Descansou porque não lhe viu a granada na mão.

Lá ia ele, o Delfim, para mais umas cervejas, até o fim de si. e pensou que era uma geração fodida. O álcool, o calor, a pressão, os tiros e rebentamentos, as armadilhas, as minas.

Uma geração estropiada. Aguentar, prever-se de si, a si, mas como ? Se o quadro estava pintado de uma forma indelével. Sem saída que provesse o futuro que queria.

Como sair ileso? os neurónios desafectados, os genes compactados na revolta contra os elementos. Como sair ileso deste inferno?

Ouviu-se um estrondo medonho, Manuel António encolheu-se. deitou-se no chão. todo ele tremia sem saber que atitude tomar. A espingarda estava longe, mas estranhou não ver a correria do costume . Silêncio. Apenas o motor da geradora, monótono, incessante. Já não era um ruído. É como se fizesse parte do silêncio.

O básico a correr.

-É básico, o que foi?

-Olha, rebentou uma granada na cantina, os dois cantineiros foram cu caralho.

O Delfim, foda-se. O choro de raiva. O choro em raiva e a palavra FODA-SE. Agonizante de si. A justificar o poema:

 

                  Esta noite

        quando todos dormirem

               pego no vento

                       e fujo...

 

10
Mai08

MEMÓRIAS DA GUERRA-EMBOSCADA

samueldabo

Na densa mata de aromas a avivar a memória, no limiar da infância, os homens acoitados de armas aperradas, tensos, olhos vivos no estreito carreiro eleito como objectivo da morte.

O silêncio, cortado de avisos da macacada inquieta por intrusão abusiva do seu espaço, sem permissão para ciciar o medo ou a revolta.

Imagino as pessoas que se põem ao caminho algures no interior da mata. Mulheres que vão labutar na bolanha, que levam crianças, algumas, de colo. Gente distraída, indefesa, gente que fala uma outra língua.

Os insectos colados no suor do corpo, num acto  supremo de amor sádico, mas amor, porque se bastam em nós, em mim, se fertilizam e multiplicam.

Lembrar as emboscadas de outros caminhos, na vida já vivida e na que espera por viver, na solicitude de nos acharmos no direito de decidir o tempo do outro, ali, no silêncio da mata, floresta de árvores enormes, amantes taciturnas de ervas daninhas e bichos ainda não adulterados, ainda não manipulados.

Olho os rostos dos outros numa tentativa de ver o meu próprio rosto. De achar os contornos da razão que nos, me motiva ou que nos, me permite, não ser e sendo os criminosos que matam à distância e a coberto da cilada, surpresa, se bem que a mando, ainda que a mando, de quê? de quem? E como vou, vamos viver depois, após o descarregar das balas agigantadas pelo percutir do cão da arma feita monstro em mãos que se permitem não saber?

Tu, Transmontano, recto na apreciação dos usos e costumes  e aberto à junção de novos conhecimentos, que respeitas  a integridade e zeloso dos fracos.

Aquele, beirão, entre a alta, a baixa e o litoral. O olhar franco, o espírito fraterno, cioso de estender a mão a quem  venha por bem.

Pássaros grandes, abutres, aguardam pacientes a orgia da carne esventrada por instantes e atirada em lascas à súcia dos milhafres expectantes.

Olho ainda o rosto do tripeiro, do minhoto. Gente esforçada e penitente, afiançada nos baptismos de Sés, ermidas e oradas.

Olho e não vejo como subsiste este estar aqui, estando noutro lugar. E volto a procurar, nos rostos inocentes que queremos ser, uma luz que me permite ver na escuridão.

O sol afecta os neurónios já empobrecidos por décadas de ostracismo cultural. Não fomos habituados a pensar. Na adversidade, lá estavam: Deus, Jesus, Maria e os Santos Apóstolos.

E agora que era preciso raciocinar, servimo-nos dos mesmos postulados. Que Deus nos salve, enquanto matamos o filho, o pai, a mãe, de adeptos de outro Deus e Santidades.

O rosto envergonhado do Algarvio, A tez morena do alto e do baixo Alentejano dum cabrão, e é o mesmo sentir de não sou eu, quem aqui está de olhos fitos numa imagem de terra no carreiro.

O capitão, da fina elite Lisboeta, despreocupado, sem galões, como um igual a tantos, a justificar que a cultura não é desculpa para não vencer, matando a estupidez que se quer impor à história. Olhando um por um a a cada instante.

E eu? A quem pertenço? De que região sou oriundo? De Portugal inteiro, ou cidadão do mundo?

Foi quando o tiroteio irrompeu com fragor  de explosões de granadas de morteiro e os uivos sibilantes das balas tracejantes por entre as folhas verdes do sibilino e majestoso arvoredo.

Saltam macacos apavorados, guinchando em estrondos de ódio ou medo. Aves que piam, e são gritos aflitos de mães obrigadas a abandonar o ninho.

Como começou, parou, o tiroteio. Foram ver.

Uma criança, talvez de 2 ou 2 e meio, ilesa, chorava sobre o corpo  crivado e o sangue de sua mãe.

15
Abr08

A ILHA DA MADEIRA...O SR. JARDIM E NÓS

samueldabo

A Ilha da Madeira é linda. E não consigo dizer mais nada. Há semanas que guardo em rascunho as minhas impressões sobre aquela que foi a primeira Ilha que visitei. Que me deslumbrou. Mas as palavras não saem.

Sinto uma pressão intensa que me incita a dizer que não compreendo, como já no meu tempo de menino se dizia, da Madeira, que era a pérola do Atlântico. E não compreendo depois de ter visitado os Açores.

A dizer que tenho um estigma que se chama Alberto João Jardim, cravado na memória e me impede a progressão das palavras.

De um lado os prepotentes, arrogantes, ao estilo dos governantes, empresários (Sá), os taxistas. No hotel, paguei a conta com um cheque, porque não tinham multibanco ou visa, a um Sábado. Tendo o cheque sido descontado momentos depois. Que estranhas intimidades. A maior livraria do mundo, ou quase. Corredores e andares pejados de livros, em prateleiras, em mesas, em estendais de cordas e presos por alfinetes de roupa. É uma Fundação!...O Bispo do Funchal é parte. Um casal é parte. Os funcionários são parte. Mas, estes últimos recebem como mais valia a formação. Não há livraria no Funchal que não se tenha abastecido de mão de obra na Fundação livraria Esperança.

Nem tudo é negativo.

Num todo não existe o "tudo negativo". Nem no regime do Sr. Jardim, como nem no Regime do Sr. . Salazar. É preciso ver o saldo. Não em obra, Não em aparato. Mas na substância do Ser.

No outro, a multidão de assalariados, servidores apáticos, submissos, deixa andar, nada de politica, nem de cultura, humildes, assistindo ás tramóias dos amos e senhores, votando intimidados pela dinâmica da vozearia contra os Continentais, Colonialistas e opressores do bom povo da Madeira .

Seria mais fácil, se se tratasse de um outro país. Um povo oprimido pela virulência dum astuto ditador de fachada democrática. Mas a Madeira ainda faz parte do meu país. O povo da Madeira é solidariamente ressarcido pelo povo do Continente, ainda que pareça não o saber, para que tenha um rumo, uma vida sã e não tenha que andar à bolina dum nauta emplumado e sem classificação.

O povo da Madeira, pode contar com a solidariedade do povo do Continente, na hora em que tomar consciência do seu isolamento e quiser pôr fim ás diatribes do senhor Jardim.

Eu, enquanto membro do povo do Continente, tenho vergonha de ouvir sistematicamente as atoardas do Sr Jardim, contra o povo do Continente, contra os membros do povo da Madeira que se permitem discordar da sua faustosa politica de endividamento.

O Sr. Jardim é um funcionário público, como o Sr.Sócrates , O Sr. Cavaco Silva, ou a   Dona Rosa e o Sr. Edmundo da repartição de finanças. Porque estará ele sempre acima da lei, da natural e da institucional?

Sinto vergonha do povo da Madeira, porque o "diz-me com quem andas" fica-lhe mal. Tenho até, muita dificuldade em apresenta-lo  a quem quer que seja. E há tanta gente boa na Madeira. Tanta que podia ser um orgulho Nacional.

09
Abr08

DEIXEM ESMERALDA VIVER

samueldabo

Um homem tem uma relação fortuita com uma mulher. Da relação nasce uma menina. A mãe diz-lhe que ele é o pai. Ele duvida e não assume a paternidade. A menina nasce e a mãe, considerando que não tem condições para a criar, entrega-a, à revelia do direito, para adopção.

A menina tem cinco anos hoje. O pai biológico que entretanto fez testes de paternidades   viu confirmada a génese e quer a menina de volta, contra a opinião de psicólogos, sociólogos , pedopediatras e os pais adoptivos.

O caso é levado aos tribunais. Os juízes não se entendem. Ora ordenam a entrega, ora favorecem compassos de espera. A última página, à porta do tribunal, com a criança a recusar sair do carro e alguém abalizado a instigar o pai adoptivo para que tomasse uma atitude de força contra a criança.

Juízes, advogados, gente a que nos habituámos o devido respeito.

Não há quem pare esta tragédia que se abateu sobre uma criança que não pediu a ninguém para vir?

A declaração universal dos direitos da criança não é suficiente para acabar com este suplicio?

Não será tempo de fazermos ouvir o nosso : Nãããããããããoooooooooo !!!!!!!!!!!!, em uníssono , de Norte a Sul, para que os hipócritas do direito deixem esta criança em paz?

Não basta perguntar à criança. Onde , com quem queres ficar?

Vamos, nós gente que habitamos este país, que pagamos impostos directos e indirectos, permitir que uma criança de cinco anos seja disputada na praça pública, nas salas frias dos tribunais, despojada da sua personalidade, interditada de amar a quem ama e de querer a quem quer?

Estendo-te a minha mão, Esmeralda, temendo que não vá a tempo de a poderes agarrar. E apelo às pessoas, chamadas povo, do meu país, e aos que têm a responsabilidade pelo nosso bem estar, para que termine esta chacina da tua identidade.

 

04
Abr08

A LUTA DE UM MENINO DE 4 ANOS COM A SUA EDUCADORA

samueldabo

Há dias, num infantário, jardim de infância, na vila onde eu moro, assisti à luta de um menino de 4 anos com a sua educadora.

O menino debatia-se, perante a sua própria impotência, e gritava o mais alto que lho permitiam os seu pulmões ainda viçosos.

-Larga a minha mão! Larga a mão! e chorava.

Indiferente, insensível ao choro, quase o arrastando, a educadora lá ia dizendo.

-Tens que vir! Tens que vir!.

-E o menino, debatendo-se ( não, não vi pontapés), fincando os pés, resistindo.

-Larga a minha mão!

Juro que é verdade. Eu vi!

Não uso telemóvel com câmara. Mas, por um momento pensei chamar a policia e ser testemunha do ataque violenta dum menino à sua educadora. Que pais? Que País. Aonde vamos parar.

Mas não. Pus-me a pensar. É pura coincidência!

29
Mar08

Sr.EMÍDIO RANGEL, ASSIM NÃO BRINCO

samueldabo

Assim não vale.

O Sr. Emídio Rangel desancava, há dias, os professores, na sua coluna de  opinião no Correio da manhã, os lobbies , a má formação pedagógica, as atoardas contra a Ministra da Educação e por aí fora.

Hoje, a propósito do vídeo que descambou em histeria Nacional, diz que a expulsão da aluna, protagonista do episódio com a professora, é o castigo mínimo .

Deduzo, subjectivamente, é verdade, que a condenaria à fogueira.

A educação é um tema na ordem do dia e, se bem que os protagonistas se digladiem , nem sempre servindo de melhor  exemplo para os educandos, é nosso dever continuar a aprofundar as soluções, sem radicalismos exacerbados, nem a procura de ganhos de grupo ou de pessoa.

O Estado já instituiu a pré escola, muitos pais vão mais longe, depositando os filhos nos infantários desde os seis meses, ou menos. As famílias são disfuncionais. O estado maltrata as famílias com imposições legais. Nas empresas grassa a mediocridade. O stress, o compadrio, a fobia do desemprego.

E a culpa é só das crianças, dos adolescentes? Das famílias? Dos docentes? Do governo?

É tempo do Estado decretar o regime de educação Espartano. Retiram-se as crianças aos três anos e responsabiliza-se, desde logo, uma só entidade; O Estado.

 

 

 

 

28
Mar08

A TOXICODEPENDÊNCIA NÂO È UMA FATALIDADE

samueldabo

A matemática, esse quebra cabeças dos Portugueses em geral, não é uma ciência mítica só ao alcance de alguns iluminados, mas porque é manipulada  ao sabor de interesses que ainda persistem e consideram que  "em terra de cegos quem tem olho é rei", continuamos a navegar em teorias de combate ao insucesso , condenadas a manter os níveis aceitáveis de cegueira colectiva.

Actualmente a proliferação do consumo de drogas por amplas camadas de juventude de todo o mundo, tornou-se num flagelo que nenhum governo tem conseguido estancar.

Desde sempre houve consumo de drogas, que não eram proibidas, nem atingiam os preços a que são vendidas nas ruas. Em consequência, quem sofria de stress por drogas comprava-as onde era possível ou optava pelo vinho. Era uma minoria, contestatária, talvez ,das regras de convivência que se iam alterando.

Eu penso que a partir da eclosão do Maio de 68, se espalha a ideia reivindicativa de que vale tudo. É proibido proibir tudo. Amor livre. Abaixo os poderes instituídos . A inalação de drogas pelo fumo avança em todas as direcções. As democracias tentam resistir, mas rapidamente os senhores da finança vêm ali um filão inesgotável, e são eles que financiam o estado e que o controlam. É para eles que as leis são manipuláveis, no esgrimir de interpretações por magistrados e advogados que as leis permitem.

Aqui, o consumo de drogas disparou com o advento da Democracia, não por culpa da Democracia, antes por uma coincidência de tempo, porque estamos sempre atrasados na ventura e na desgraça.

O consumo e o tráfico são proibidos e condenados com pena de prisão.

Milhares de famílias são assoladas por esta praga, Adolescente instigados ao consumo sobre os mais variados pretextos de afirmação pessoal, de desinibição. de ser mais forte. Jovens, meninas, lindas que foram, agora enrugadas, prostituídas, devassadas.

Os carteis de tráfico organizam-se. No interior   das prisões superlotadas continuam a traficar e a consumir. Nas ruas os chamados pequenos delitos. A saga da moedinha para o arrumador que surge, do nada quando já tínhamos quase arrumado o carro.

Roubam os pais, a família, os amigos. Vendem tudo o que tem comprador e há quem compre É um negócio de lucros fabulosos, onde se vende tudo até a dignidade.

O estado, nós todos, financiamos as medidas ditas profiláticas que o estado implementa de apoio financeiro às clínicas de reinserção. Aos tratamentos em ambulatório.com resultados deficitários de recuperação efectiva e duradora.

As policias investem na formação especializada no combate ao tráfico. Os criminosos detidos em resultado das investigações são postos em liberdade. Presos são os consumidores, por consumirem e por roubarem. A droga e dinheiro apreendido nas operações , desaparece

Os verdadeiros agiotas do tráfico continuam impunes. Participam, até, na discussão. Influenciam politicas. Corrompem influências. E seguem a matança intelectual e fisica do que melhor tem um povo, uma nação.

Surgiu o HIV, as hepatites B eC proliferam.

As famílias a lutar contra a insolvência absoluta. Sem ajudas de ninguém. Condenadas, até, por não terem sido capazes de evitar a desgraça.

Alguns países adoptam medidas para liberalizar. o consumo, que passa a ser disponível em farmácias e locais apropriados criados para o efeito. As noticias sobre a eficácia, .

  aumentou-reduziu.estagnou , não são distribuídas na mesma dimensão.

Por cá, e não só, os arautos tentam explicar-nos em equações algébricas e outras engenharias matemáticas, que a liberalização não é possível . Iria criar mais dependências, facilitar a transacção entre estados!?...

E nós a percebermos que dois e dois são quatro em qualquer circunstância e que somados sucessivamente, chegamos aos milhões da ganância , que matam e morrem pela ganância de viverem na abastança erguida sobre o sofrimento, a dor e a desdita de quem vê um adolescente primoroso ser arrastado impunemente nas águas sórdidas da mentira.

23
Mar08

CARTA ABERTA À ADOLESCENTE DA ESCOLA CAROLINA MICHAELIS

samueldabo

Sabemos quão problemática, tem sido noticiada e empolada, a situação que se vive nas escolas, os confrontos de personalidade entre professores e alunos a que os pais acorrem em defesa da prole.

Vimos o vídeo , felizmente que há o vídeo , e seguimos entusiasmados a luta entre a professora e a aluna pelo telemóvel, a reacção delirante dos restantes alunos. Alguns de nós lembrou semelhanças da adolescência, rebolando-se no chão do recreio pela posse dum pião, duma carta secreta de namorados. Até que, acabou, a aluna conseguiu recuperar o objecto da sua intimidade. E para nossa maior decepção, não houve sangue. Não foram usadas armas de fogo ou de lâmina afiada.

Houve um aluno que filmou as cenas e, na sua ingenuidade, à borla, ofereceu mais valias a tudo o que é imprensa ou veículo de noticia, aos professores que reclamam direitos, aos políticos da oposição que querem outras medidas, não querem a ministra, não querem governo. Bom , só mesmo a barbárie . Infiltrar câmaras nas escolas e inventar agressões.

Pede-se a cabeça da aluna. A professora remete-se ao silêncio. Condena-se o governo, mais uma vez e pede-se a presença da Ministra no hemiciclo onde tudo se cozinha

Pobre adolescente, já confessaste arrependimento. Estás disposta a pedir desculpa, a trilhar novos caminhos sem ofensas, mas não tens hipótese. Vais ser condenada sem apelo nem agravo. A chamada opinião pública já te leu o veredicto e quando assim é, os julgadores  são implacáveis.

À Senhora professora ninguém indagará das razões que a levaram, que stress ou mal formação pedagógica, que orgulho ou prepotência pessoal, a denegrir a sua imagem educadora, a deixar-se envolver numa disputa física pelo objecto  da discórdia, a expor-se ao ridículo perante a turma, à completa perda de autoridade.

A meu ver, tanto bastava que, sendo proibido o uso do telemóvel, a senhora professora convidasse a aluna problemática a sair da aula, para ser acompanhada por um técnico especializado, um psicólogo, não para ser irradiada dos seus projectos.

Aqui te deixo, adolescente , a minha solidariedade , sem que aprove a tua conduta. Não se questiona em público os superiores hierárquicos , vais aprender pela vida fora.

Sei que ninguém vais estar contigo nesta hora difícil , mas eu, que não tenho medo da opinião, nem estou comprometido com os lobbies da educação, ofereço-te a minha mão.

Para que caminhes confiante e resoluta sobre os espinhos da vida onde te colocaram sem aviso prévio.

Eu que não sou nada. Que, muito provavelmente , não conseguirei levar-te esta mensagem, mas tentei.

de amigo

 

14
Mar08

ADÃO E EVA INCESTUOSOS

samueldabo

No correio da manhã de hoje a noticia:

 Alemanha, irmãos incestuosos condenados. Tiveram quatro filhos, são felizes, e foram condenados sem pena suspensa.

Se Adão e Eva e toda a sua prole descrita nos testamentos, vivessem nos dias de hoje, seriam condenados à pena máxima.

 

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